quarta-feira, maio 13, 2009



SÃO ELES PROFETAS DE DEUS?



Pr.Onildo Braz




Queridos irmãos, estou entre os muitos crentes que crêem que os “dons” não cessaram com o fechamento do Cânon. Contudo, não posso advogar absurdos em nome do Espírito Santo.

Nessas minhas andanças eclesiásticas, tomei conhecimento através de uma missionária, a existência de “personalidades” que mandam buscar de avião em outras cidades, “profetas” para orientá-los em decisões de negócios e política. Diante dessa declaração, não pude deixar de me fazer algumas perguntas:

São de fato profetas de Deus esses que aceitam tal convite? Será que poderíamos chamar de crentes os que buscam viver dessa forma? No reino de Deus existem profetas de plantão, ou homens de oração?

Acredito ser momento oportuno para registrar a declaração do Pr. “Renato Vargens” em seu livro “Quarto Secreto.”

“Em um mundo imediatista como o nosso, onde o que importa é satisfazer as vontades pessoais, muitos crentes em Jesus têm abandonado o quarto da comunhão preferindo ouvir as orientações dos “profetas de plantão.” Trata-se de uma nova modalidade ministerial e eclesiástica, o “personal profect”.

Talvez eu esteja enganado, mas a minha impressão é que tais “personalidades” desconhecem o livro de Ezequiel:

“O Senhor falou comigo assim: Homem mortal, fale contra os profetas de Israel que inventam as suas próprias profecias. Diga-lhes que escutem a palavra do Senhor. O que o Senhor diz é isto: Ai desses profetas sem juízo e sem moral! Eles seguem a própria inspiração e inventam suas próprias visões. Povo de Israel, os seus profetas são como raposas no meio de ruínas. Eles não defendem o lugar onde as muralhas caíram, nem levantam de novo essas muralhas, e assim, quando a guerra vier no dia do Senhor, o povo de Israel não poderá se defender. As suas visões são falsas, e o que eles anunciam é tudo mentira. Eu não os enviei, mas eles dizem: A palavra do Senhor é esta. E ainda esperam que as palavras deles se cumpram! Eu lhes digo: As visões que vocês vêem são falsas, e o que vocês anunciam é tudo mentira. Vocês dizem que as palavras são minhas, mas eu não lhes disse nada. Por isso o Senhor diz a eles: As suas palavras são falsas, e as suas visões são mentiras, e por isso eu estou contra vocês. Eu vou castigá-los, pois são profetas que tem visões falsas e anunciam mentiras. Quando o meu povo se reunir para tomar decisões, vocês não estarão lá. Os seus nomes não estarão escritos na lista do povo de Israel. Vocês não voltarão nunca mais para sua terra. E assim ficará sabendo que eu sou o Senhor Deus.” Ezequiel 13.1-9.


Amado leitor, esses “pseudo-profetas” não possuem compromisso com o reino de Deus, suas “profetadas e visagens” são produzidas no terreno da mente, e muitas das vezes com motivação financeira, agem como meninos na fé, e não consideram o juízo de Deus. Quanto aos que procuram suas orientações, ignoram o sacerdócio de todos os crentes, que o véu do templo foi rasgado, que ninguém pode se colocar entre nós e Deus (nem sacerdote, profeta, pastor, bispo, apóstolo, seja lá o que for), que nós temos livre acesso ao trono da Graça por meio de Cristo Jesus, e que Ele se revela por meio de sua santa e gloriosa palavra.

Timothy Goorge declarou:

Lutero rompeu decisivamente com a divisão tradicional da igreja em duas classes, clero e laicato. Todo cristão é um sacerdote em virtude de seu batismo. Esse sacerdote deriva diretamente de Cristo: “Somos sacerdotes como ele é Sacerdote, filhos como ele é Filho, reis como ele é Rei”. Mais ainda, cada membro da comunidade tem parte igual nesse sacerdócio. Isso significa que os ofícios sacerdotais são propriedade comum de todos os cristãos, não é prerrogativa especial de uma casta seleta de homens santos. Lutero baseou sua afirmação de que todos os cristãos são sacerdotes no mesmo grau em dois textos do Novo Testamento: “Vós [...] sois [...] sacerdócio real” (1 Pe 2.9), e “nos constituiu reino, sacerdotes” (Ap 1.6).

Queridos irmãos, Deus nos deu a plena liberdade para vivenciar os “dons e ofícios” dentro do corpo, mas cuidemos para não exagerar em nome dessa liberdade, cometendo atos inconseqüentes em nome do Espírito Santo. Essa atitude pode nos levar a desenvolver uma vida cristã sem frutos.


Pense nisto!


Graça e paz!


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