quinta-feira, maio 15, 2008



CARIDADE



“Quem busca os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.”




A caridade é o coração que se abre a boca que se abre a mão que se abre: O coração que se abre para a condolência, a boca que se abre para o conselho, a mão que se abre para a dádiva; o coração que verte bálsamos, a boca que verte ensinos, a mão que verte socorros; o coração que se ameiga, a boca que anima a mão que protege; o coração que atrai do abismo, a boca que acautela do perigo, a mão que arranca da miséria; o coração que vulcaniza num Vesúvio de afetos, a boca que se esbraseia numa cratera de bênçãos, a mão que desfaz numa constelação de benefícios: a virtude dobradamente portentosa, que, acendrando e clarificando o nosso ser em seus ardentíssimos arroubamentos celestes, exalça o homem ao perdão das injúrias, ao esquecimento das afrontas, à estimação dos inimigos, e, no seu extremo requinte, a essa demência inefável, a essa loucura sublime, aconselhada nessas palavras do divino Mestre:


Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-os aos pobres e segue-me.


Transcrito do livro “Nas pegadas de um gigante” – Rev. Edesio Chequer




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