segunda-feira, abril 28, 2008



“O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM O


CORAÇÃO NÃO SENTE.”



É um absurdo o descaso do poder público com os que estão abaixo da linha da pobreza em nosso país. Não é preciso ser especialista, para constatar que nas periferias das grandes cidades está repleta de pessoas vivendo em estado deplorável.

Dois em cada dez brasileiros vivem na miséria. Existem 36,2 milhões (19,31% da população) de pessoas no país que ganham até R$ 125 mensais, valor usado de referência para classificar a miséria. Outras 8,7 milhões (4,69%) vivem com menos de US$ 1 por dia. ( dados do IBGE).

Colunistas e comentaristas políticos, já há muito tempo vem denunciando na imprensa que o dinheiro gasto com obras faraônicas, daria para incluir socialmente milhares de famílias, ao invés de massagear o ego dos super poderosos.

Como se não bastasse o descaso do poder público, nos últimos tempos, muitas de nossas igrejas aderiram à mesma síndrome megalomaníaca. Estão tirando o foco da missão e passando a se ocupar com grandes empreendimentos, afirmando que isso demonstra o quanto nosso Deus é rico, dono do ouro e da prata e merecedor de habitar em um lugar digno de seu tamanho.

Que Deus é esse que habita em belas catedrais abarrotada de gente, mas que não tem agenda para atender ao necessitado? Que Deus é esse que só é capaz de envolver-se com os que são bem sucedidos financeiramente? Que Deus é esse que habita em catedrais e não no meio dos louvores sendo adorado em Espírito e verdade? Que Deus é esse que contraria os ensinos de seu filho, que veio para evangelizar pobres, que não habita em templos feitos por mãos de homens e que veio anunciar arrependimento e o dia da vingança do nosso Deus?

Tenho a impressão, que tanto o poder público quanto os mega apóstolos das catedrais dessa geração, almejam ter contato com a multidão pelos relatórios que chegam até as suas escrivaninhas; formam opinião a partir dos institutos de pesquisa, simplesmente para prestar contas a população e ou membros da comunidade de fé, dentro do que eles julgam ser necessários para perpetuar o poder.

Querido leitor, “o que os olhos não vêem o coração não sente”. Seria de todo interessante que muitos de nossos líderes e autoridades constituídas, saíssem de seus confortáveis gabinetes refrigerados e visitassem os lixões e os calçadões da nossa cidade periodicamente, ou as inúmeras comunidades as margens dos mangues e das periferias de nossos municípios, e verificassem com os seus próprios olhos, como seus moradores se alimentam, como seus filhos vão à escola, em que dormem e como se aquecem nas noites frias, etc. Por certo sua visão Narcisista mudaria. Eles enxergariam o semelhante com misericórdia, teriam fome e sede de justiça, abririam mão do seu egoísmo exacerbado, e dariam mais atenção a quem precisa. Paul Harvey declara que "Se você não viver uma situação, não acreditará nela."

Nossa oração deve ser para que a igreja de Deus não fique engessada com essa visão pós- moderna, discursando apenas dos púlpitos sem praticar o verdadeiro evangelho. Antonio Carlos Costa declara que o evangelho é experimental. Quem foi tocado pela graça de Deus não consegue ficar insensível diante dos dramas alheios, vai indubitavelmente se mover em direção ao que necessita, orando, contribuindo e pregando este evangelho integral, que é poder de Deus para transformar histórias miseráveis em benção.

“A fé sem obras é morta”

terça-feira, abril 15, 2008



COMUNIDADE DE DISCÍPULOS




A igreja cristã não é um grupo de pessoas religiosas, mas uma comunidade de discípulos e discípulas de Jesus Cristo. É a comunidade do reino dentro da comunidade civil. É Cristo tomando forma na sociedade.

Osvaldo Mottesi.

segunda-feira, abril 07, 2008



TODA VIAGEM TEM UM DESTINO.





O apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Filipos declarando que tinha um destino, e como um corredor, concentrou todas as suas energias para chegar. Um exame mais detalhado do texto revela que ele tinha consciência de que ainda não havia chegado, mas estava correndo para alcançar, para tanto, precisou não mais se lembrar das coisas que ficaram para trás, pois elas eram como “estorvo” e seriam obstáculos para ele alcançar seu objetivo. Nosso celebre apóstolo, deixou para trás a descendência judaica, a cidadania romana, o conhecimento adquirido aos pés de Gamaliel, o zelo extremado que possuía por pertencer à seita dos Fariseus, e focou sua atenção na soberana vocação, na salvação eterna, no maravilhoso céu de glória.

Acredito que podemos aplicar essa experiência Paulina, a inúmeras situações do nosso cotidiano ou a vida cristã, entre elas, a viagem que fizemos recentemente a Brasília, cujo objetivo foi rever familiares e divulgar em suas igrejas os livros “Crescendo em Graça e Prosseguindo para o Alvo” de nossa autoria.
Uma parte da viagem fizemos de automóvel em companhia dos irmãos Elias e Cláudio, gente que ao longo do caminho nos ajudou nas observações, às quais vale a pena ressaltar. São elas:

1- O desconhecido em geral nos causa insegurança e medo. Estar distante de nossa cidade e do calor da nossa gente (1400 km) gerou em nós “insegurança” e, para enfrentar esse desconhecido e vencer o medo exercitamos a fé, atitude que permite aos crentes verem o que os olhos naturais não podem ver (Hb 11:1). É interessante nesse momento registrar o que diz certo pensador: “É pela fé que vamos mais longe e, é por ela que muitos estão possuindo o que nunca possuíram, conquistando o que nunca conquistaram e restaurando o que fora desfeito”. Abraão agiu pela fé e, venceu o desconhecido se tornando pai de uma grande nação. (Hb 11:8).

2- Perseverança é uma necessidade mesmo quando o cansaço se aproxima. Após algumas horas de viagem fomos surpreendidos pelo cansaço, no entanto, tínhamos plena consciência que para atingir nosso destino precisávamos vencer essa limitação física. O dicionário Aurélio nos ensina que “perseverar é resistir mesmo quando sob forte pressão”. Aqueles que entendem que ela é uma necessidade, por certo, conquistarão o que desejam. Neemias, é um ótimo exemplo bíblico nesse particular, não desanimou, por isso concluiu a reconstrução dos muros de Jerusalém em cinqüenta e dois dias. Veja o que declarou Paulo aos crentes de Filipos: “...prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus”. Escrevendo ao discípulo Timóteo no final da vida ele declarou sua perseverança,“Combati um bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”. Que tal nos mirarmos nesses exemplos?


3- Exercitar paciência, ter atenção e respeitar os outros, nos livrarão dos acidentes. Na estrada é preciso dizer não a precipitação, prestar muita atenção na sinalização e, respeitar os inúmeros veículos estão ao nosso lado. Conhecemos inúmeros casos de pessoas, que não respeitaram essas regras tão simples e nunca mais voltaram para os seus. Que tal aplicarmos a nossa “viagem”,essas regras aliada as palavras do Salmista enquanto rumamos para o céu? “Esperei com paciência no Senhor...”, Diz um ditado popular “devagar também é pressa”. Com calma, atenção e respeito pelo semelhante nós chegaremos a terra prometida ilesos. Afinal, o meu direito começa onde o do outro termina e, no reino de Deus essa regra deve ser vivida na íntegra.

4- Atenção! Os ventos vão tentar nos mover de nossos objetivos. Em um dado momento, um vento forte começou a soprar a ponto de quase nos tirar da estrada. No entanto, percebemos que à medida que continuávamos a viagem os ventos iam ficando cada vez menos intenso; então conclui:Ventos sopram e vão embora, eles nos atrapalham (como atrapalhou Paulo em sua viagem a Itália – At 27), Porém,eles não são capazes de impedir que alcancemos nossos objetivos quando estes estão nos propósitos de Deus. O escritor de provérbios declarou que “tempestades passam”. (Pv 10:25). Queridos do Senhor, não estamos sós, aquele que faz os ventos se aquietarem nos fez sua habitação, e com certeza assegurará nossa chegada ao destino.


5- Em uma longa viagem muitas vezes é necessário parar. Na madrugada percebemos que era preciso se refazer, estávamos no limite, os olhos não conseguiam mais ficar abertos,conseqüentemente um acidente estava a nossa espera, então, procuramos um abrigo para descansar. Horas mais tarde refeitos, continuamos a viagem. O bom senso nos ensinou que era melhor parar e se refazer, do que corrermos o risco de sermos alcançados pela morte prematuramente. O salmista declarou no Sl 46; “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Lembre-se: Parar não é covardia como querem conceituar erradamente alguns, é instinto de sobrevivência e atitude de sabedoria.

6- Não cultive a ansiedade. Em geral ela nos impede de contemplarmos o que há de belo na viagem. O escritor de provérbios declarou que “a ansiedade no coração do homem o abate”, e abatido somos incapazes de contemplar o belo em qualquer situação. Concluir é o desejo de quem inicia um percurso. No entanto, não adianta querer chegar antes da hora, será preciso vencer os quilômetros da estrada pacientemente, desta forma, seremos capazes de desfrutar da bela paisagem existente ao longo da estrada: os campos, animais, rios, lagos, aves, céu azul ou estrelado... Que tal lançarmos sobre o Senhor toda a nossa ansiedade e, entendermos que Ele é quem cuida de nós?

7- Cuidado com a alimentação. Durante a viagem dialogávamos com os amigos a que horas deveríamos parar para nos alimentar e o que deveríamos comer. Cláudio um experiente homem das estradas, nos aconselhou a não enchermos demais nosso estomago, pois a alimentação determinaria a qualidade de nossa viagem. Estômago cheio produz sono e muitas vezes mal estar, coisas que nos manterão entorpecidos e sem condições de dirigirmos equilibradamente. Pergunta-se: Será que o cardápio servido em nossos púlpitos tem sido o melhor e o ideal para nos sustentar até chegarmos á terra prometida? Pelo que se pode observar, ele não tem sido pobre de nutrientes da palavra de Deus, enfraquecido pelas falsas doutrinas, sincrético, paganizado, legalista e adoecido, liberal e sem disciplina? Quem se alimenta de forma incorreta, irá sem dúvida ficar perdido nas estradas da vida ou melhor, nunca chegará ao céu de glória. Que tal evitarmos as heresias dos falsos mestres de plantão do nosso tempo? Eles ostentam aparência de piedade, mas são como lobos devoradores e, estão sempre prontos a usar o “alimento da hora” para atrair os mais simples, os levando a fazer parte das estatísticas e não do reino dos céus. (At 20:29,30 – I Tm 3:13 – I Tm 4:3,4).


Á Deus toda a glória!

Pr Onildo Braz




CATIVEIROS NÃO SÃO ETERNOS.



Todos nós quando vivenciamos períodos de adversidades, temos a sensação de que jamais terão fim.

Tal como Hagar no deserto, também perdemos as esperanças e nos esquecemos de que Deus está presente na história, e certamente não irá permitir que os algozes desse sistema nos destruam. Afinal, tudo está sob seu absoluto controle.

O escritor de Eclesiastes declarou que “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião. Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar.”

Para o povo de Israel houve um tempo de pranto quando estiveram cativos no Egito por 400 anos; para Nação de Israel houve um tempo de tristeza quando vivenciaram 70 anos de prisão em babilônia; para Paulo, houve um tempo de desespero quando um vento forte chamado Euroaquilão atacou a embarcação que o conduzia para Italia; para os seguidores de Jesus houve um tempo de lágrimas quando presenciaram o mestre padecendo na crucificação; para Jó houve um tempo de sofrimento e amargor na vida durante meses , mas todos eles passaram, não foram eternos.

Meu querido leitor, Estas vivendo um cativeiro, um período longo de adversidades? Não se desespere ele vai chegar ao fim, Deus tem a história em suas mãos, e no momento certo dará um basta fazendo você descansar.


Que Deus nos ajude a perseverar na fé em meio a luta!